Fundado em 1956, o Zoológico de Goiânia figura como um dos principais pontos turísticos da capital goiana, sendo reconhecido como um de seus cartões-postais. No entanto, nos últimos tempos, o local tem sido alvo de críticas por parte de visitantes e ativistas ambientais, que apontam descuido em sua manutenção e falta de animais em seus recintos.
Apesar de receber cerca de 500 mil visitantes por ano e ser gerido pela Agência de Turismo, Eventos e Lazer (Agetul), frequentadores têm denunciado a presença de mato alto, falta de placas de identificação, museus fechados e uma quantidade reduzida de animais. Essas críticas ganharam destaque recentemente, quando um denunciante relatou a situação precária do local, destacando a visível falta de cuidado com os animais e o ambiente.
Em resposta às críticas, a supervisora do Zoológico, Daiane Vieira, defendeu os cuidados diários realizados no local, destacando que as podas são feitas regularmente e que os animais recebem alimentação balanceada, além de cuidados veterinários e ambientais. Ela também esclareceu que a troca de penas pelas aves é um processo natural que ocorre em determinadas épocas do ano.
Entretanto, ativistas e estudiosos têm uma visão diferente sobre o conceito praticado pelo zoológico. O biólogo Igor Morais critica a falta de modernização do espaço e ressalta a importância de os zoológicos desempenharem não apenas o papel de exposição de animais, mas também de conservação, pesquisa, educação e lazer. Ele aponta a necessidade de uma gestão técnica e científica, em vez de indicações políticas.
Apesar das críticas, o histórico do zoológico é marcado por momentos conturbados, como a interdição temporária após a morte de dezenas de animais em 2009 e a posterior reabertura em 2012. No entanto, diante das críticas atuais e das demandas por uma gestão mais eficiente e comprometida com o bem-estar animal, fica evidente a necessidade de uma revisão e modernização dos conceitos e práticas adotadas pelo Zoológico de Goiânia.
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