Após cinco anos de intensa batalha legal, a empresa Uber foi sentenciada a desembolsar 271,8 milhões de dólares australianos, o equivalente a cerca de R$ 892 milhões, como compensação a taxistas australianos pelas perdas de receitas ocasionadas pela presença da plataforma no mercado local desde 2012. Mais de 8.000 motoristas de táxi ingressaram com uma ação coletiva contra a Uber, alegando terem sofrido consideráveis prejuízos financeiros desde a sua entrada no mercado australiano.
A ação coletiva culminou na quinta maior compensação já registrada na Austrália para este tipo de processo, conforme anunciado por Michael Donelly, diretor do escritório de advocacia Maurice Blackburn Lawyers, responsável pela representação dos taxistas. Donelly enfatizou a tenacidade dos demandantes, destacando que a Uber resistiu ferozmente ao longo dos cinco anos do processo, mas acabou cedendo diante da perseverança dos milhares de australianos afetados.
Os advogados dos taxistas alegam que a Uber empregou uma série de práticas irregulares durante o seu lançamento no país, incluindo a operação de veículos sem licença e com motoristas não credenciados. Um dos principais demandantes, Nick Andrianakis, relatou ter sido obrigado a fechar seu negócio de táxis após 40 anos de atuação, devido ao impacto causado pela chegada da Uber. A empresa norte-americana, avaliada em cerca de U$ 157 bilhões (R$ 750 bilhões) na bolsa, preferiu não comentar sobre o valor da indenização, enquanto ressaltou que atualmente está regulamentada em todos os estados e territórios da Austrália.
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