Por Cesar J. Rosa – Brasília (DF) – O Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) se consolidou como a segunda corte federal mais eficiente do Brasil em 2024, de acordo com os resultados do Relatório Justiça em Números – edição 2025, divulgado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Entre os seis tribunais regionais federais, o TRF1 alcançou 76% do Índice de Produtividade Comparada da Justiça (IPC-Jus), índice superior à média nacional e atrás apenas do TRF4 (91%). O resultado reflete avanços significativos na gestão, mesmo diante do maior volume processual entre as regiões da Justiça Federal.
O que mede o IPC-Jus
O Índice de Produtividade Comparada da Justiça (IPC-Jus) avalia de forma sintética a produtividade e a eficiência relativa dos tribunais, considerando variáveis como:
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número de magistradas(os) e servidoras(es) em atividade;
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despesas totais do tribunal;
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taxa de congestionamento, que indica quantos processos ficam parados sem solução.
Segundo Maria Aparecida de Sousa Mendes, diretora da Secretaria de Governança e Gestão Estratégica do TRF1, os números comprovam o impacto das medidas de modernização e valorização de pessoal:
“Esse desempenho representa uma evolução expressiva em relação ao ano anterior e reflete os esforços contínuos do TRF1 na modernização administrativa, na gestão estratégica e na valorização de servidoras(es) e magistradas(os)”, afirmou.
Destaque para as Seções Judiciárias
Em 2024, quatro Seções Judiciárias do TRF1 atingiram 100% no IPC-Jus:
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Amapá (SJAP)
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Maranhão (SJMA)
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Mato Grosso (SJMT)
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Tocantins (SJTO)
Além disso, sete das dez unidades judiciárias mais eficientes do Brasil pertencem ao TRF1, incluindo:
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Seção Judiciária da Bahia (95%)
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Seção Judiciária do Piauí (95%)
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Seção Judiciária de Goiás (90%)
Evolução expressiva
Mesmo com a maior carga processual por magistrado(a) no País, o TRF1 obteve avanços significativos em diversos indicadores:
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2º maior desempenho dos servidores da área judiciária;
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2º menor custo da Justiça Federal;
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Maior arrecadação entre os TRFs;
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Maior índice de conciliação nos Juizados Especiais Federais e Varas Cíveis;
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Tempo de tramitação abaixo da média na execução e no conhecimento em 1º grau;
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Taxa de congestionamento inferior à média nacional.
Iniciativas estratégicas que impulsionaram os resultados
Para alcançar esses índices em 2024, o TRF1 implementou diversas ações de modernização e gestão, entre as quais se destacam:
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Ampliação do número de gabinetes de desembargadores, com o preenchimento de 43 vagas, reduzindo o acervo no 2º grau.
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Regime Especial de Auxílio aos Gabinetes, com horas extras para acelerar a tramitação de processos.
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Gestão de metas com monitoramento sistemático, permitindo que mais de 90% dos processos da Meta 2 do CNJ fossem julgados em 2024.
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Uso de inteligência artificial, com projetos como o Sinergia e o Laboratório de Inovação da Justiça Federal, otimizando a elaboração de minutas, triagem processual e análise de casos.
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Projeto Justiça Verde, voltado ao julgamento de ações ambientais complexas, que já contribuiu para o cumprimento da Meta 6 do CNJ.
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Sistema e-Gerir, que monitora objetivos estratégicos, produtividade, processos de trabalho e riscos, fortalecendo a gestão por resultados.
Justiça mais moderna e acessível
Os resultados obtidos pelo TRF1 evidenciam um modelo de gestão inovador, que alia tecnologia, planejamento estratégico e valorização de recursos humanos. Apesar de lidar com a maior distribuição de processos entre os TRFs, a 1ª Região conseguiu se destacar pela eficiência, consolidando-se como referência nacional em modernização e resultados na Justiça Federal.
📌 Fonte: Assessoria de Comunicação Social – TRF1
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