As recentes chuvas e enchentes na região central de Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul, impactaram pelo menos seis instituições públicas de arte e conservação de patrimônio. Enquanto o governo do estado montou uma força-tarefa para proteger as obras, a prefeitura enfrenta desafios para fazer o mesmo.
Segundo Camila Diesel, gestora de comunicação da Secretaria Estadual de Cultura, embora as obras importantes tenham sido preservadas inicialmente, os efeitos completos da enchente só serão conhecidos após a diminuição do nível do rio Guaíba, que continua a subir.
Instituições como o Memorial do Rio Grande do Sul foram severamente afetadas, com a água atingindo quase todo o andar térreo. Para evitar danos maiores, o governo moveu a maior parte dos acervos para andares superiores.
Francisco Dalcol, diretor-curador do Museu de Arte do Rio Grande do Sul (MARGS), relatou a montagem de uma força-tarefa emergencial para proteger as obras, obtendo sucesso ao realocar todas as peças para pisos superiores antes da inundação.
No entanto, a mesma ação não foi realizada nas instituições municipais, como o Museu de Porto Alegre Joaquim Felizardo. As autoridades municipais ainda não conseguiram avaliar o estado do prédio e das obras de arte, destacando a falta de suporte em comparação com as medidas estaduais.
Outras instituições, como a Casa de Cultura Mario Quintana (CCMQ), também sofreram danos significativos em seus estabelecimentos comerciais, enquanto o estacionamento do Complexo Multipalco do Teatro São Pedro enfrentou problemas de acúmulo de água.
Além das instituições na capital, o Museu Estadual do Carvão, em outro município gaúcho, enfrentou graves danos, com parte do acervo de documentos sendo levado para congelamento em um frigorífico.
A devastação causada pelas enchentes afeta mais de 90% dos municípios gaúchos, destacando a urgência de medidas de recuperação e apoio às comunidades afetadas.
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