Após a operação da Polícia Civil que cumpriu 19 mandados de busca e apreensão em Goiânia, o prefeito Rogério Cruz (Solidariedade) se manifestou em um vídeo divulgado nas suas redes sociais na noite de quinta-feira (6). A ação policial investiga um suposto esquema de fraude em licitações e contratos na Secretaria de Infraestrutura Urbana da cidade.
No vídeo, Rogério Cruz assiste às imagens da operação e destaca que sua primeira resposta ao ocorrido foi afastar o então secretário de Infraestrutura, Denes Pereira. O prefeito afirmou estar à disposição para contribuir com todas as investigações e defendeu que não tem nada a esconder, colocando-se à disposição para que sua casa, contas bancárias e sigilo telefônico sejam averiguados, se necessário.
“Estamos sendo atacados. Se o nosso trabalho não estivesse dando certo e melhorando a vida das pessoas, será que essa reação aconteceria neste momento?”, questionou Cruz no vídeo, insinuando que as investigações podem ser motivadas por perseguição política devido ao período eleitoral.
“Coloco minha casa aberta, minhas contas bancárias, sigilo telefônico, o que quer que seja. Na minha vida toda, eu nunca tive nada a esconder”, afirmou o prefeito. Ele concluiu sugerindo que o trabalho da Prefeitura parece estar incomodando muitas pessoas, insinuando que isso poderia ser a motivação por trás das acusações.
Nos bastidores, comenta-se que o vídeo representa uma mudança na estratégia de comunicação da gestão de Cruz, que passa a adotar uma postura mais agressiva e menos defensiva. Isso reflete a orientação de Fábio Simonetti, titular da Secretaria de Comunicação, e Paulo Moura, marqueteiro que recentemente se juntou à campanha de Rogério Cruz, buscando focar nas realizações da prefeitura e minimizar justificativas defensivas em situações delicadas como essa da operação policial.
O posicionamento de Cruz ocorre um dia após a operação da Polícia Civil, que também teve como alvo a casa de Denes Pereira, um dos principais aliados do prefeito e presidente da sua legenda política, o Solidariedade. A investigação apura suspeitas de fraudes em licitações, corrupção ativa e passiva, constituição de organização criminosa e lavagem de dinheiro, segundo informações divulgadas pela imprensa.
Deixe o seu Comentário