A Prefeitura de Goiânia enfrenta uma crise política e administrativa após ser alvo pela segunda vez de uma operação da Polícia Civil de Goiás (PCGO). Desta vez, a Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana (Seinfra) foi alvo de investigações que abrangem não apenas fraudes, mas também corrupção ativa, corrupção passiva, constituição de organização criminosa e lavagem de dinheiro.
O desdobramento dessas investigações resultou na exoneração de Denes Pereira Alves, titular da Seinfra e aliado político do prefeito Rogério Cruz. Pereira, presidente estadual do Solidariedade, partido pelo qual Cruz se filiou após deixar o Republicanos, teve seu afastamento solicitado pelo próprio prefeito para que pudesse acompanhar o processo junto às autoridades.
A relação entre Cruz e Pereira, estreitada durante o período eleitoral, agora enfrenta um teste de fogo diante das acusações que pairam sobre a gestão da Seinfra. Pereira é apontado como responsável pela assinatura de contratos com empresas e pessoas físicas investigadas, movimentando milhões de reais em recursos públicos.
Essa não é a primeira vez que a administração de Rogério Cruz é alvo de investigações. Em março deste ano, uma operação da PCGO já havia desencadeado uma série de ações para apurar um possível esquema de fraude em licitações e contratos, envolvendo várias secretarias municipais, incluindo a Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg), a Secretaria Municipal de Administração (Semad) e a Agência Municipal do Meio Ambiente (Amma).
A repetição desses episódios de investigação e as conexões políticas envolvidas levantam questões sobre a transparência e a integridade da gestão municipal. O afastamento de Denes Pereira pode ser apenas o primeiro passo em direção a uma investigação mais profunda e à adoção de medidas para evitar que práticas ilegais continuem a comprometer a administração pública em Goiânia.
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