A busca por residências mais acessíveis em cidades do Entorno do Distrito Federal (DF) está em ascensão, impulsionada pelos altos preços do mercado imobiliário na capital. Especialistas apontam a escassez de ofertas como um dos principais desafios, enquanto o setor aguarda ansiosamente pela nova legislação de parcelamento do solo para potencializar a oferta de moradias.
Brasília, conhecida por seus custos elevados de moradia, figura como a sexta capital com os imóveis mais caros do país, segundo o Índice Fipe ZAP, divulgado pelo DataZAP em fevereiro. O preço médio de venda de lançamentos residenciais atinge impressionantes R$ 9.028 por metro quadrado, podendo ultrapassar os R$ 11 mil, dependendo da localização.
Cleberson Marques, especialista em gestão e desenvolvimento de empreendimentos imobiliários, destaca que os preços elevados estão relacionados à forte demanda na capital federal, aliada à disponibilidade limitada de terrenos para incorporação, muitos dos quais são de propriedade do Governo do Distrito Federal (GDF) e estão sujeitos a aprovação para novos projetos.
A crescente demanda por moradias acessíveis está direcionando os olhares dos brasilienses para as cidades do Entorno. Corretores da região relatam que, em Luziânia e Valparaíso de Goiás, o valor do metro quadrado para imóveis de médio e alto padrão gira em torno de R$ 6 mil, enquanto na Cidade Ocidental, esse valor pode ser até 20% menor.
Apesar do aumento de 16% nos lançamentos imobiliários no DF em 2023, o número de unidades vendidas foi menor em comparação com o ano anterior. No entanto, o Valor Geral de Vendas (VGV) registrou um crescimento de 5%, totalizando um montante de R$ 3,6 bilhões – o maior desde 2011.
Águas Claras se destacou como líder em lançamentos imobiliários em 2023, com 12 novos empreendimentos e 1.843 unidades. Em segundo lugar, ficou o Noroeste, também com 12 empreendimentos, totalizando 1.025 unidades.
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