A Polícia Civil do Distrito Federal realizou hoje uma operação para desarticular um grupo criminoso especializado em aplicar golpes usando perfis falsos no WhatsApp. O esquema consistia em se passar por senadores, deputados e prefeitos, induzindo vítimas a realizar depósitos sob a falsa promessa de doações.
A investigação, iniciada em junho de 2023, teve início quando senadores, cujos nomes foram indevidamente utilizados, procuraram a polícia após identificarem as atividades fraudulentas. O esquema envolvia cinco suspeitos, um homem e quatro mulheres, que agora enfrentam acusações de associação criminosa, falsa identidade e estelionato.
Os golpistas entravam em contato com as vítimas, informando sobre uma suposta doação disponível para elas. No entanto, solicitavam depósitos em dinheiro para cobrir despesas fictícias, como o pagamento de um motorista de caminhão para o transporte dos itens prometidos.

A ação policial resultou na execução de oito mandados de busca e apreensão em Timon (MA) e Teresina (PI), com a suspeita de que o grupo agia em todo o país. Os nomes de 17 políticos, entre senadores, deputados e prefeitos, foram indevidamente utilizados pelos criminosos para efetuar os golpes.
Entre os senadores lesados pelo esquema estão Paulo Paim, Humberto Costa, Ana Paula Lobato, Carlos Viana, Márcio Bittar, Soraya Thronicke, Luis Carlos Heinze, Espiridião Armin, Teresa Leitão, Marcelo Castro e Vanderlan Cardoso. Também foram alvo dos golpistas os deputados Natália Bonavides, Diego Andrade, Rogério Correa e André Janones, além dos prefeitos Arnazan Silva (Jardim do Seridó – RN) e Paulo Roberto Leite de Arruda (Vitória de Santo Antão – PE).
Caso condenados, os responsáveis pelo esquema podem enfrentar penas de até 9 anos de prisão pelos crimes cometidos. A ação da Polícia Civil visa coibir práticas fraudulentas e proteger a integridade e confiança dos políticos envolvidos, bem como conscientizar a população sobre os riscos de golpes virtuais.
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