Um relatório final da Polícia Federal revelou que o conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro (TCE-RJ), Domingos Brazão, teve um aumento de 2.300% em seu patrimônio entre os anos de 2002 e 2010, passando de cerca de R$ 209 mil para R$ 5 milhões. Este crescimento patrimonial coincide com seu ingresso na política, em 1996.
De acordo com a PF, os dados apresentados por Brazão à Justiça Eleitoral entre 2006 e 2010 indicam um crescimento patrimonial de aproximadamente 300%, saindo de R$ 1,2 milhão para R$ 5 milhões, em valores não corrigidos pela inflação. Uma matéria do Jornal O Globo destaca um aumento ainda maior se analisado o período de 2002 a 2010: 2.300%.
O relatório detalha as empresas criadas e adquiridas pela família Brazão ao longo desses anos, destacando a abertura da Robedom Comércio de Joias e Metais Preciosos LTDA em 1985 e a Sangue Bom Autopeças LTDA, alterada para “comércio de veículos novos, usados e sinistrados”, em 1993.
Outras situações relatadas pela PF incluem denúncias de desmanche de veículos roubados na sede da empresa de Brazão, além de empresas do ramo alimentício ligadas a um sócio, que mesmo residindo em área de alto padrão, recebeu auxílio emergencial, sugerindo ser “mero laranja”.
Em 2007, Domingos Brazão foi autuado por sonegação fiscal pela Receita Federal, com um auto de infração no valor de R$ 130 mil.
A defesa de Brazão nega qualquer participação nos crimes mencionados no relatório.
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