A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira a Operação Fundo do Poço, visando desarticular uma organização criminosa responsável pelo desvio e apropriação de recursos do fundo partidário e eleitoral destinados ao Solidariedade. A investigação, originada a partir de uma denúncia de um ex-dirigente do Pros, aponta para um esquema milionário de lavagem de dinheiro e utilização de candidaturas laranjas nas eleições de 2022.
Entre os alvos dos sete mandados de prisão preventiva e 45 de busca e apreensão, estão o presidente do Solidariedade, Eurípedes Júnior, e Cintia Lourenço da Silva, tesoureira do partido. Outro alvo é Alessandro Sousa da Silva, conhecido como Sandro do Pros. O ex-deputado distrital Berinaldo da Ponte também está envolvido na investigação, com um mandado de busca e apreensão.
A PF aponta que o grupo criminoso desviava recursos do fundo partidário e eleitoral, valendo-se de candidaturas laranjas em diversas regiões do país, superfaturamento de serviços de consultoria jurídica e desvio de verbas destinadas à Fundação de Ordem Social (FOS) – fundação do partido.
A lavagem de dinheiro era realizada através de empresas de fachada e compra de imóveis, utilizando-se também de laranjas, além do superfaturamento de serviços prestados aos candidatos fictícios e ao próprio partido. Os envolvidos são investigados por crimes como organização criminosa, lavagem de dinheiro, furto qualificado, apropriação indébita, falsidade ideológica eleitoral e apropriação de recursos destinados ao financiamento eleitoral.
Em nota, a assessoria do Solidariedade afirmou que os fatos ocorreram antes da união com o Pros e que estão tomando ciência da situação para se posicionar.
Deixe o seu Comentário