Uma operação liderada pelo Ministério Público de São Paulo resultou na prisão de dirigentes das empresas de ônibus Transwolff e UPBus, ambas atuantes na capital paulista, por suspeita de envolvimento com a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).
Os acontecimentos se desenrolaram nesta terça-feira (9), com três dirigentes da Transwolf, responsável por linhas na Zona Sul da cidade, sendo detidos, além de um dirigente da UPBus, que opera na Zona Leste, permanecendo foragido. Um indivíduo não relacionado à operação, mas encontrado durante as buscas, foi preso por porte ilegal de arma.
A denúncia do Ministério Público abrange dez dirigentes e integrantes da Transwolff e dezoito da UPBus, acusados de crimes como organização criminosa e lavagem de dinheiro.
Os detidos incluem:
Luiz Carlos Efigênio Pacheco, conhecido como “Pandora”, proprietário da Transwolff, detido em sua residência.
Robson Flares Lopes Pontes, dirigente da Transwolff, preso na garagem da empresa.
Joelson Santos da Silva, sócio e representante legal de um escritório contábil que, segundo o MP, estava envolvido no esquema da Transwolff. Seu local de prisão não foi divulgado.
Elio Rodrigues dos Santos, não ligado à direção de nenhuma empresa, foi preso em flagrante por porte ilegal de arma durante as buscas.
O sócio da UPBus, Silvio Luis Ferreira, conhecido como “Cebola”, permanece foragido.
A operação envolveu 52 mandados de busca e apreensão na capital, na Grande São Paulo e em cidades do interior do estado. Na residência de Luiz Carlos Efigênio Pacheco, foram encontrados diversos armamentos, dinheiro e joias.
Além das prisões, a Justiça determinou que a SPTrans, estatal de transporte coletivo, assuma imediatamente a operação das linhas administradas pelas duas empresas em questão. Essa medida visa a evitar prejuízos à população, após a constatação de atrasos e falhas operacionais.
Os desdobramentos desta ação reforçam a determinação das autoridades em combater a infiltração do crime organizado em serviços públicos e empresas privadas. As investigações duraram quase cinco anos e revelaram indícios de que as empresas estavam sendo usadas para lavagem de dinheiro proveniente do tráfico de drogas e de outros delitos.
A operação contou com um efetivo policial significativo, composto por 340 policiais militares, 106 viaturas, 43 agentes da Receita Federal e 64 membros do Ministério Público, evidenciando a magnitude e a seriedade da ação empreendida pelo Ministério Público.
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