O Ministério das Relações Exteriores desembolsou cerca de R$ 65,9 milhões durante as viagens presidenciais de Luiz Inácio Lula da Silva ao exterior em 2023. Esse montante abrange os gastos de todas as comitivas e não inclui os voos bancados pela Força Aérea Brasileira (FAB), cujas despesas são mantidas sob sigilo.
Ao longo do ano, Lula passou 62 dias fora do Brasil, o que equivale a aproximadamente R$ 1 milhão por dia de viagem. A viagem mais cara foi aos Estados Unidos e a Cuba, em setembro, custando R$ 16,0 milhões, seguida por um giro internacional por Arábia Saudita, Qatar, Emirados Árabes e Alemanha, com despesas de R$ 9,1 milhões. A ida à China e aos Emirados Árabes em abril também figurou entre as mais custosas, totalizando R$ 7,8 milhões.
Os valores foram enviados em dólar (US$) e euro (€) e convertidos para a cotação em real referente ao último dia de estada de Lula em cada país, além de estarem corrigidos pela inflação.
Embora o número de viagens e os gastos associados tenham sido maiores em comparação com o governo anterior de Jair Bolsonaro, Lula não conseguiu aumentar sua popularidade no Brasil. Por exemplo, seu discurso na Assembleia Geral da ONU em setembro de 2023 recebeu pouca atenção dos principais veículos jornalísticos dos EUA e da Europa.
Em relação aos gastos, Lula ultrapassou Bolsonaro em R$ 27,1 milhões nos primeiros anos de mandato de cada um. Lula gastou mais em viagens internacionais principalmente devido ao maior número de dias fora do país. No entanto, as despesas com diárias para militares foram maiores no governo Bolsonaro, indicando uma diferença de abordagem em relação à diplomacia internacional.
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