O governo dos Estados Unidos comunicou ao Brasil que não poderá extraditar o blogueiro bolsonarista Allan dos Santos por delitos considerados como crimes de opinião. O país norte-americano afirmou que tais delitos estariam protegidos pelo direito à liberdade de expressão.
Apesar disso, os Estados Unidos demonstraram disposição para dar continuidade ao processo contra Allan em relação a outros crimes. No entanto, o caso está atualmente estagnado no gabinete do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
O pedido de extradição, baseado principalmente nos crimes de calúnia, injúria e difamação, não obteve uma negativa clara por parte dos Estados Unidos, pois esses delitos não são passíveis de extradição de acordo com um tratado entre os dois países.
Os norte-americanos, por outro lado, solicitaram mais informações para dar prosseguimento ao processo de extradição em relação aos crimes de lavagem de dinheiro e organização criminosa. Essas solicitações foram encaminhadas ao STF, órgão expedidor do pedido de prisão.
Até o momento, não houve avanços significativos no processo. O Supremo ainda não enviou ao Ministério da Justiça novas informações para repassar aos Estados Unidos na tentativa de dar continuidade ao processo de extradição.
Allan dos Santos é considerado foragido pela Justiça brasileira desde que teve sua prisão preventiva decretada em 2021, no âmbito de um inquérito sobre fake news. A negativa dos Estados Unidos em extraditá-lo levou autoridades brasileiras a especularem que o blogueiro tenha solicitado refúgio no país norte-americano.
Por enquanto, não houve comentários sobre o status atual de Allan dos Santos nos Estados Unidos por parte de sua defesa. O caso continua a ser acompanhado de perto pelas autoridades brasileiras e norte-americanas.
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