Em meio a contratos milionários com o governo federal, a R7 Facilities, responsável pelas obras de manutenção no presídio federal de Mossoró, onde ocorreram fugas históricas, está sob intensa investigação devido a alegações de um suposto esquema de “laranjas”. A sede da empresa, localizada no Setor de Indústria e Abastecimento (SIA), no Distrito Federal, tornou-se o epicentro de controvérsias.
A R7 Facilities, que conquistou um contrato de R$ 1,7 milhão em abril de 2022 e teve sua vigência estendida até abril deste ano, agora enfrenta questionamentos significativos. A empresa acumula contratos que totalizam impressionantes R$ 372.867.335,98 em repasses do governo federal desde 2016, além de participar de licitações do Governo do Distrito Federal, somando R$ 10.788.811,77.
O sócio administrador da empresa, Gildenilson Braz Torres, surpreendentemente, recebeu auxílio emergencial de R$ 4,5 mil, mesmo durante o período em que a R7 Facilities firmava contratos robustos com o governo. A situação se agrava com a revelação de uma dívida ativa de R$ 8.581,44 e penhora de bens para quitar a dívida.
A empresa, que tem sido alvo de denúncias após as fugas de detentos em Mossoró, enfrenta agora a incisiva análise do Ministério da Justiça e Segurança Pública. O órgão declarou que acionará os órgãos competentes federais para uma minuciosa investigação sobre a lisura da empresa.
O escândalo é agravado pelo fato de a fuga em Mossoró, ocorrida em 14 de fevereiro, ainda não ter sido resolvida, apesar da mobilização de cerca de 300 agentes federais e estaduais, helicópteros e drones. Rastros e vestígios foram encontrados, mas os fugitivos permanecem foragidos.
O Ministério da Justiça e Segurança Pública defende que a R7 Facilities atendeu a todos os requisitos técnicos para a assinatura do contrato, mas o cenário levanta questionamentos sérios sobre as práticas da empresa, demandando uma apuração rigorosa por parte dos órgãos competentes federais.
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