A Hapvida, gigante dos planos de saúde no Brasil, enfrenta um cenário desafiador na Bolsa, perdendo cerca de R$ 7,5 bilhões em valor de mercado apenas neste ano. No final de 2023, as ações do grupo eram avaliadas em R$ 33,3 bilhões, enquanto recentemente caíram para R$ 25,8 bilhões, segundo dados do analista Einar Rivero, da Elos Ayta Consultoria.
Investidores demonstram desconfiança, refletida nas análises recentes do Goldman Sachs e Itaú BBA, que reduziram estimativas para o preço das ações da Hapvida. A fusão com a NotreDame Intermédica, concluída em fevereiro de 2022, é um ponto focal, levando à revisão de metas de desempenho estabelecidas para 2024.
O indicador crítico de sinistralidade, que mede os gastos em relação à receita dos planos de saúde, é um ponto de atenção. A Hapvida estabeleceu uma meta de 68%, a ser alcançada no terceiro trimestre de 2024, mas analistas projetam um adiamento para 2025.
O mercado, porém, pode estar exagerando nas preocupações, conforme destacado por Harold Takahashi, sócio da Fortezza Partners, apontando que desafios na integração com a NotreDame Intermédica já eram conhecidos pelos investidores. A Hapvida, em resposta, anunciou um programa de recompra de até 200 milhões de ações, buscando estabilizar a confiança do mercado.
Apesar das dificuldades, a Hapvida, que atende mais de 16 milhões de beneficiários em todo o país, mantém sua posição como um gigante no setor de saúde, possuindo 87 hospitais e 331 clínicas médicas. Analistas, em sua maioria, ainda recomendam a compra das ações da empresa, e o mercado aguarda uma possível estabilização após as recentes turbulências.
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