Durante a sessão da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados nesta quarta-feira, 10, o deputado federal Ricardo Ayres (Republicanos-TO) fez uma comparação marcante entre o caso Marielle Franco e o filme “Tropa de Elite”. Ayres enfatizou a institucionalização do crime na política e nas forças de segurança, uma realidade que ganha contornos mais sombrios com as acusações envolvendo o deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido-RJ) e outros implicados no assassinato da vereadora do PSOL e de seu motorista, Anderson Gomes, ocorrido em 14 de março de 2018.
A CCJ votou pela manutenção da prisão preventiva de Brazão, com 39 votos a favor e 25 contra, após ele estar detido desde 23 de fevereiro. O relatório agora segue para o plenário, onde necessitará de 257 votos para confirmação.
“A situação do caso Marielle e Anderson transcende um mero ato de violência, representando a corrupção e impunidade enraizadas em nosso sistema político e judicial. A história, que lembra tramas de filmes como ‘Tropa de Elite’, reflete uma realidade que demanda uma ação decisiva da justiça”, declarou Ayres.
O parlamentar ressaltou a importância da justiça diante das graves circunstâncias e revelações do caso, insistindo na responsabilização de todos os envolvidos, independentemente de suas posições ou influências. “Diante da escolha entre direito e justiça, opto pela justiça. Manter a prisão de Chiquinho Brazão é um passo crucial contra a impunidade. É nosso dever dar o exemplo através de nossos mandatos”, concluiu Ayres.
Em outro desenvolvimento, o presidente do Conselho de Ética, deputado Leur Lomanto Júnior (União Brasil-BA), sorteou uma lista tríplice de possíveis relatores para o caso Brazão, incluindo Ricardo Ayres, Bruno Ganem (Podemos-SP) e Gabriel Mota (Republicanos – RR). O presidente fará a escolha final do relator na próxima semana.
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