A Região da 44, tradicional polo comercial de Goiânia, enfrenta uma crise marcada pelo aumento significativo de vendedores ambulantes nos últimos anos. Essa expansão tem gerado impactos negativos, resultando na demissão de mais de 2 mil funcionários e uma queda superior a 30% nas vendas em 2023, conforme dados da Associação Empresarial da Região da Rua 44 (AER44).
A explosão no número de camelôs, cerca de 5 mil, é considerada uma concorrência desleal pelos lojistas, uma vez que esses ambulantes oferecem produtos mais baratos e acessíveis. Essa prática afeta negativamente o comércio estabelecido, uma vez que os ambulantes muitas vezes não arcam com impostos, alugueis ou funcionários.
A AER44, em busca de soluções, propôs à Prefeitura uma maior fiscalização e a realocação dos ambulantes para outras áreas, como a Feira Hippie, Feira da Madrugada ou shoppings da região. No entanto, a associação alega não ter obtido sucesso nas negociações com o Poder Público.
A Secretaria Municipal de Planejamento Urbano e Habitação (Seplanh) afirma realizar ações de fiscalização em toda a capital para coibir o comércio irregular. No entanto, a região da 44 está sendo fiscalizada apenas pela Guarda Civil Metropolitana, devido ao novo Código de Posturas do Município. A situação reflete um impasse entre lojistas, ambulantes e a administração pública quanto ao ordenamento urbano e à regulamentação do comércio informal na região.
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