Um dia antes de prestar depoimento à Polícia Federal (PF), Jair Bolsonaro, ex-presidente, afirmou, durante entrevista à rádio CBN Recife, que apenas deporá se seus advogados tiverem acesso ao processo. Ele é investigado por suposta participação em uma organização criminosa acusada de planejar um golpe de Estado.
O depoimento, inicialmente planejado para o segundo semestre, foi antecipado, marcado para quinta-feira (22/2) no âmbito da Operação Tempus Veritatis. Durante esta operação, a PF apreendeu o passaporte de Bolsonaro, restringindo suas viagens ao exterior, e proibiu contato entre o ex-presidente e outros investigados, como Valdemar Costa Neto, presidente do PL. Comunicação entre os envolvidos, mesmo por meio de terceiros, está vetada.
Bolsonaro, em entrevista, negou qualquer participação em um golpe de Estado, rejeitando as acusações. Ele também comentou sobre um ato convocado por ele para o próximo domingo (25/2), onde espera demonstrar o apoio daqueles que sentem que a eleição de 2022 não foi justa.
O ex-presidente salientou seguir as orientações de seus advogados e condicionou seu depoimento ao acesso prévio ao processo. A expectativa está centrada não apenas no depoimento, mas também nas movimentações políticas e na repercussão do ato planejado por Bolsonaro. O cenário político permanece tenso, refletindo a polarização que tem caracterizado o contexto pós-eleitoral.
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