Enquanto a Polícia Civil de Goiás desencadeava uma operação envolvendo secretarias da Prefeitura de Goiânia, a Câmara Municipal realizava uma sessão normal nesta quarta-feira, 20, com a repercussão da base e da oposição do prefeito Rogério Cruz (Republicanos) sobre o assunto. Aliados da gestão atual exigiram um posicionamento firme do Executivo diante das investigações.
O vereador Thialu Guiotti (Avante) destacou a necessidade de Cruz afastar todos os envolvidos que tiveram seus nomes citados na operação. “Caso eu fosse o prefeito de Goiânia, eu afastaria todos os envolvidos e todos aqueles que tiveram seus nomes nas investigações de hoje. Só que essa atitude cabe apenas ao Rogério Cruz tomar”, afirmou Guiotti.
Por outro lado, o vereador Ronilson Reis (Solidariedade) ressaltou a importância da presunção da inocência, uma vez que as investigações ainda estão em andamento. Ele observou que não pode se manifestar detalhadamente sobre o assunto por falta de acesso aos autos do processo. “É necessário ouvir ambas as partes envolvidas e a presunção de inocência, o direito da ampla defesa, tudo precisa ser preservado”, disse Reis.
Reis também enfatizou que, caso as pastas investigadas (Amma, Comurg, Seinfra e Semad) apontem alguma irregularidade, os órgãos de controle externo, como o Tribunal de Contas do Município (TCM) e o Ministério Público de Goiás (MPGO), devem agir. “Seria um processo normal, só que não pode ser normal ter algo de errado nas secretarias”, ressaltou.
O vereador Henrique Alves (MDB), presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa, expressou sua expectativa de que as investigações não interfiram na rotina do Paço. Ele destacou a importância de os projetos em andamento, como o Plano de Mobilidade, continuarem avançando. “É importante que tudo seja investigado e os envolvidos de fato sejam responsabilizados, mas espero que isso não prejudique a cidade”, concluiu Alves.
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