A Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) iniciou um Estudo Soroepidemiológico em parceria com o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) para identificar a circulação viral da febre aftosa. O estudo, que abrange 15 unidades federativas, incluindo Goiás, tem como objetivo pleitear à Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) o reconhecimento internacional desses estados como zonas livres de febre aftosa sem vacinação.
A pesquisa será conduzida de forma simultânea em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Distrito Federal, Tocantins, Espírito Santo, São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Bahia, Sergipe, Maranhão, Pará, Amapá e Roraima, além de Goiás. No estado goiano, espera-se avaliar cerca de 2.800 amostras de animais de 123 propriedades rurais, distribuídas aleatoriamente em 102 municípios.
O presidente da Agrodefesa, José Ricardo Caixeta Ramos, destaca a importância do estudo como condição obrigatória para os estados que buscam o reconhecimento internacional como zona livre de febre aftosa sem vacinação. Ele ressalta que a comprovação da ausência do vírus é crucial para a segurança da cadeia produtiva e para a abertura de novos mercados.
O gerente de Sanidade Animal da Agrodefesa, Rafael Vieira, explica que as coletas serão feitas em bovinos de seis a 24 meses de idade, em propriedades selecionadas aleatoriamente, após notificação prévia aos produtores. As amostras serão enviadas ao Laboratório Federal de Defesa Agropecuária do Mapa, em Belém do Pará.
A retirada da vacinação obrigatória contra a febre aftosa teve início em 2023 no âmbito do Plano Estratégico do Programa Nacional de Vigilância da Febre Aftosa (PE/PNEFA). Goiás, cumprindo as exigências do Mapa em relação à vacinação, pôde aderir à medida no ano passado. O reconhecimento pela OMSA, previsto para 2025, possibilitará aos estados exportarem para países que exigem certificação para produtos de origem animal, especialmente da bovinocultura de corte. A conquista do status de zona livre de febre aftosa sem vacinação é fundamental para acessar mercados internacionais exigentes, como o Japão.
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