Para a oposição na Câmara Municipal de Goiânia, a operação da Polícia Civil não foi surpresa, segundo os vereadores Sargento Novandir (Avante) e Aava Santiago (PSDB). Ambos destacaram que desde 2022 havia denúncias e indícios de irregularidades, e uma comissão de investigação anterior não indiciou ninguém.
Novandir afirmou que praticamente todos os vereadores sabiam do que estava acontecendo na prefeitura desde 2022. Ele expressou sua surpresa positiva com o fato de a operação estar ocorrendo agora, em vez de no próximo ano, quando o prefeito não estaria mais no cargo. O vereador enfatizou que a polícia agiu no momento correto para o bem do povo goianiense.
Durante a sessão, Novandir foi ao plenário com uma algema, simbolizando a expectativa de que mais pessoas envolvidas em irregularidades sejam responsabilizadas. Ele também criticou a conclusão da Comissão Especial de Investigação (CEI) da Comurg, classificando-a como uma vergonha para a Câmara Municipal, pois, segundo ele, os vereadores começaram a investigação com firmeza, mas depois retrocederam.
Por sua vez, Aava Santiago ressaltou que desde 2022 vem apontando problemas com licitações superfaturadas na prefeitura. Ela destacou que conseguiu suspender uma licitação relacionada à coleta de lixo e à varrição mecanizada, mas os ajustes feitos não foram suficientes. A vereadora considera que o que aconteceu é ruim para Goiânia, mas era inevitável chegar a esse ponto.
Ambos os vereadores expressaram a necessidade de aguardar o desenrolar das investigações e enfatizaram que apenas a Polícia Civil pode conduzi-las de maneira apropriada. Aava Santiago criticou a CEI anterior, apontando que, apesar das denúncias, não resultou em indiciamentos. Ela também observou que parte considerável dos membros da CEI que antes criticavam o Paço agora estão na defesa, o que considerou curioso.
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