Em meio às turbulências provocadas pela investigação da Polícia Civil em órgãos da gestão municipal, o prefeito Rogério Cruz enfrentou uma coletiva de imprensa concisa e direta em Goiânia, na manhã desta quarta-feira (20).
Durante aproximadamente sete minutos e meio, o prefeito fez o possível para desvincular a administração das possíveis fraudes associadas a pelo menos três auxiliares do primeiro escalão. Ao chegar, Rogério cumprimentou a imprensa, mas optou por não se estender em suas falas, abrindo espaço para perguntas.
Na tentativa de demonstrar força e respaldo de sua equipe, o prefeito contou com a presença de secretários e aliados ao seu lado durante a coletiva. Entre eles estavam dois dos secretários citados e investigados pela operação, Denes Pereira e Luan Alves.
No entanto, ao tentar se defender, Rogério Cruz apresentou argumentos que deixaram dúvidas no ar. Em um momento, destacou que as empresas citadas e investigadas prestam serviços para a Prefeitura de Goiânia há mais de duas décadas, sugerindo que a longevidade dos trabalhos garantiria a ausência de irregularidades.
Outro ponto confuso foi quando o prefeito ressaltou a segurança dos processos de licitação, assegurando que todos os procedimentos passam por rigorosa fiscalização da Controladoria. No entanto, as irregularidades foram apontadas pela própria investigação policial, colocando em xeque essa alegação.
Apesar dos investigados estarem diretamente ligados à administração e lidarem com recursos municipais, Rogério Cruz tentou ao máximo desvincular sua gestão da operação. Ele frisou repetidamente que as irregularidades investigadas estão relacionadas a pessoas físicas, servidores, e não aos órgãos em si, além de salientar que não teve acesso ao inquérito, que será fundamental para tomar novas decisões.
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