O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, defendeu a recente operação da Polícia Militar na Baixada Santista, conhecida como ‘Operação Verão’, que resultou em 38 mortes. Em resposta às denúncias de violações de Direitos Humanos, Tarcísio afirmou que o foco da Segurança Pública não é matar criminosos, mas prender, usando a prisão como fonte de informação.
“O combate, infelizmente, é um negócio duro. A gente não quer o confronto, mas a gente está preparado para o confronto. E quem confrontar, vai se dar mal”, declarou o governador. Entidades como Comissão Arns, OAB/SP e Fórum Brasileiro de Segurança Pública entregaram um documento ao Ministério Público, apontando violações graves durante a operação.
Questionado sobre as acusações, Tarcísio confiou no trabalho da PM e sugeriu que pessoas das comunidades afetadas são pressionadas pelo tráfico de drogas para relatar violações. Ele destacou o combate ao crime organizado e a retomada de espaços para os cidadãos como objetivos da operação.
A Defensoria Pública de SP, em conjunto com organizações de Direitos Humanos, solicitou à ONU o fim da operação e o uso obrigatório de câmeras corporais pelos policiais. O governador reiterou confiança na PM, rejeitou a implementação generalizada de câmeras e afirmou que o combate visa limpar áreas do tráfico de drogas.
A polêmica levou entidades a enviar um relatório à ONU, pedindo que órgãos internacionais questionem o Estado brasileiro sobre os eventos ocorridos durante a operação, especialmente as mortes em Guarujá, São Vicente e Santos, exigindo a devida apuração e adoção de medidas administrativas.
O caso evidencia a complexidade do enfrentamento ao crime e os desafios na garantia dos direitos individuais em operações de segurança. A tensão entre a necessidade de combate ao crime organizado e a proteção dos cidadãos destaca a delicada linha que as autoridades precisam percorrer para manter a ordem pública sem comprometer os princípios fundamentais.
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