O mercado de milho na bolsa de Chicago registrou uma nova queda, com os contratos para maio fechando em US$ 4,18 o bushel, refletindo uma dinâmica influenciada pelo aumento da produção nos Estados Unidos e pelo início da colheita na Argentina. Essa conjuntura tem gerado pressão nas cotações do cereal.
Segundo Ale Delara, sócio da Pine Agronegócios, o cenário se agrava com a qualidade favorável das lavouras argentinas e uma demanda global pelo milho considerada fraca. Essa combinação, de acordo com Delara, exerce uma pressão adicional, sugerindo que, apesar dos contratos futuros já estarem em níveis historicamente baixos, ainda há espaço para novas quedas. O analista projeta que o milho pode atingir a marca de US$ 3,90 o bushel, dependendo da rapidez da colheita na Argentina.
No âmbito do trigo, os contratos mais líquidos para maio apresentaram uma leve alta de 0,22%, alcançando US$ 5,7925 o bushel. Essa valorização, entretanto, é interpretada como uma correção técnica, uma vez que o cenário de produção em volume considerável continua limitando uma recuperação mais robusta nos preços.
Jack Scoville, analista do Price Futures Group, aponta que o trigo enfrenta um ambiente de desvalorização devido à oferta global abundante e aos preços mundialmente baixos. As exportações dos EUA permanecem em um ritmo lento devido à forte concorrência de países como Rússia, Ucrânia e União Europeia, que planejam exportar quantidades significativas de trigo nos próximos períodos. Essa competição acirrada contribui para manter os preços do trigo em patamares desafiadores.
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