Nesta quarta-feira (12), a Polícia Federal (PF) prendeu o advogado goiano Bruno Pena durante a Operação Fundo do Poço. A operação visa desmantelar uma organização criminosa acusada de desviar recursos do fundo partidário e eleitoral destinados ao Partido Republicano da Ordem Social (PROS) nas eleições de 2022. As investigações apontam para desvios que chegam a R$ 36 milhões.
Detalhes da Operação
A PF identificou superfaturamento e irregularidades nos valores cobrados por Bruno Pena ao PROS, o que levou à sua prisão. Atualmente, Pena está detido na superintendência da PF em Curitiba. Sua defesa, que condenou a operação como uma tentativa de criminalizar a advocacia, está adotando medidas para contestar o mandado de prisão.
Além de Pena, a operação cumpriu sete mandados de prisão preventiva e 45 mandados de busca e apreensão em dois estados. A Justiça Eleitoral do Distrito Federal também bloqueou e tornou indisponíveis R$ 36 milhões e sequestrou judicialmente 33 imóveis.
Envolvimento de Outros Membros
A operação também atingiu o presidente nacional do Solidariedade, Eurípedes Júnior, e a tesoureira do PROS, Cinthia Lourenço, entre outros quatro secretários do partido. A PF detalhou que os envolvidos utilizaram candidaturas laranjas para desviar recursos, além de lavagem de dinheiro por meio da criação de empresas de fachada e aquisição de imóveis em nome de terceiros.
Defesa de Bruno Pena
A defesa de Pena repudiou a operação, afirmando que a ação visa criminalizar o exercício legítimo da advocacia. Em nota, a defesa destacou que a atuação de um advogado não deve ser confundida com a dos seus clientes e que o papel da defesa técnica é essencial no estado democrático de direito.
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