Quatro advogados e vários funcionários de banco foram presos na manhã desta quarta-feira (18) suspeitos de fraudar R$ 31,8 milhões em pagamentos judiciais. A operação, denominada Alvará Criminoso, cumpriu mandados em Goiás, Bahia, Rio de Janeiro, Tocantins, Maranhão e Pará. Segundo a Polícia Civil, o grupo operava há mais de dois anos, contando com a ajuda de um gerente de banco para realizar as fraudes.
Modus Operandi das Fraudes
Os advogados tinham acesso ao sistema do Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO), utilizando suas senhas para identificar processos arquivados. Eles criavam alvarás falsos, inserindo seus nomes como juízes, e ordenavam a liberação dos valores. A Polícia Civil afirmou que o esquema foi descoberto pelo serviço de inteligência do TJ-GO.
Estrutura do Grupo Criminoso
O delegado William Bretz explicou que o grupo tinha funções bem definidas, divididas entre os núcleos financeiro, jurídico, de fraude nos alvarás e de lavagem de dinheiro. Foram realizados saques que variaram entre R$ 77 mil e R$ 22 milhões. Os criminosos, incluindo aqueles presos na primeira fase da operação, continuaram a operar o esquema fraudulento, resultando na emissão de novos mandados de prisão.
Bloqueio de Bens e Contas
A Justiça determinou o bloqueio de R$ 2,5 milhões em bens e contas bancárias dos suspeitos para garantir a reparação das vítimas. A Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Goiás (OAB-GO) acompanhou a operação para assegurar os direitos dos advogados presos e garantiu a observância ao devido processo legal.
Impacto e Repercussão
O Tribunal de Justiça de Goiás reafirmou sua colaboração com as investigações e destacou a segurança e transparência de seus sistemas. A operação é vista como um passo crucial para restaurar a confiança no sistema judicial e garantir a responsabilização dos envolvidos.
Notas Oficiais
• OAB-GO: Acompanhamento das investigações para garantir direitos e prerrogativas dos advogados, com futuras medidas éticas.
• TJ-GO: Esclareceu que a operação foi baseada em relatórios do Núcleo de Inteligência e destacou a ausência de envolvimento de seus servidores nas fraudes.
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